“Fora de Mão” é a segunda etapa da iniciativa “Fora de Sítio” – que, durante o mês de março, está a transformar a Baixa de Coimbra num local de exposição temporária do teatro e das artes plásticas da APCC – Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra – e, entre os dias 16 e 31, vai levar um conjunto de mais de duas dezenas de peças escultóricas, criadas na Oficina de Escultura da instituição, às montras de 18 espaços comerciais.
Em causa estão obras resultantes da interpretação e releitura de pinturas da autoria de artistas de referência, nomeadamente, van Gogh, Miró, Basquiat, Yerka, Magritte, Matisse, Picasso, Cézanne, Sesow e Klimt, que ganharam dimensão tridimensional às mãos dos utentes da APCC. Este sentido de metamorfose esteve presente também na criação das próprias molduras das peças agora expostas, que se apresentam não como características de museus ou galerias, mas feitas de coisas banais.
“Fora de Mão” vai estar em exposição nas montras dos seguintes espaços: Ourivesaria C.Ferreira, Casa Coelho, Lancelote, Casa Arménio, Atelier 13, Ourivesaria Silva, Ourivesaria Mondego, CoolaBoola Colab, Isabel Leão, Sapataria Pessoa, Só pra baixinhos, Lojas Pedrosa, Dpf-“PEDROSA”, A Camponeza, Rapaz Maria, Sapatarias Veludo Carmim e Coisas E Sabores. O público poderá assim tomar contacto direto com o trabalho realizado, no último ano e meio, na Oficina de Escultura, que pode ainda acompanhar no Instagram.
Até ao dia 15 de março, continuarão expostos os objetos cenográficos do espetáculo “Mim”, do coletivo Sala T, que constituem Fora de Sítio – Fora de Nós, a primeira metade de “Fora de Sítio”. São nove pequenas caixas com objetos que ajudam a contar as histórias de vida dos elementos daquele grupo de teatro da APCC e que são acompanhadas por códigos QR que permitem assistir online ao próprio espetáculo.
“Fora de Sítio” é uma iniciativa da APCC, com o apoio da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC), que pretende levar uma parte do trabalho que é realizado na Associação a lugares eventualmente inesperados e, consequentemente, a um público mais alargado. Constituindo a área artística uma parte importante da ação da instituição enquanto promotora da inclusão social, esta é também uma forma de intervir na comunidade, colocando em causa perceções e ideias pré-concebidas.
